Um filme de Lars Von Trier com Björk e Catherine Deneuve.
Semana Lars Von Trier, rs. Acho que depois do fracasso que foi Anticristo para mim, eu queria mostrar que Lars Von Trier não faz apenas filmes merdinhas, então eu peguei alguns dos melhores dele. Acho que Dançando No Escuro salva sua imagem depois de Anticristo, e é o filme certo para se começar a gostar de Von Trier, que tem um modo de filmagem brilhante e casual, além daqueles cortes durante o filme de uma cena para outra, características certeiras do seu Dogma 95.
Selma (Björk) é um tcheca apaixonada por musicais com problemas de vista genéticos. Quando ela tem um filho e sabe que ele terá os mesmos problemas que ela, ela decide tratá-lo numa clínica dos Estados Unidos. Quando ela se muda pra lá, ela arruma um emprego, onde trabalha por dois turnos para poder pagar a cirurgia de seu filho. Seus vizinhos, sua colega de trabalho Kathy (Catherine Deneuve) e seu quase-namorado Jeff (Pater Stormare) a ajudam, mas quando seu vizinho Bill (David Morse) rouba o dinheiro que ela economiza, isso causa uma reviravolta na vida de Selma.
A história é bem bonita no papel. Quase me faz chorar lendo-a. Mas quando se passa para um filme, e esse filme é um musical, é meio que impossível chorar. Tente chorar com Björk cantando com obreiros no meio de uma cena admitindo que está cega. Ou se emocionar durante um assassinato quando o morto ressucita e ele e Björk começam a dançar. Eu queria falar da cena final, mas eu ia estragar o filme, e eu não quero isso, mas foi um dos finais mais bonitos que eu já vi. Foi onde eu quase me emocionei, se não fosse as canções excêntricas de Selma.
A atuação fica ótima na parte da protagonista. Eu vejo milhões de pessoas dizendo que não esperavam que Björk atuasse tão bem assim, e mimimi. Bem, no começo a atuação da excêntrica cantora está mais para uma autista do que de uma cega. E é assim que ela deve parecer para conseguir descarregar toda a emoção no fim. A atuação de Björk cria um envolvimento necessário com o espectador. O modo que Lars Von Trier filma é único, o filme é bom para se observar isso. A trilha sonora, composta por Björk, é belíssima. Embora as letras não sejam o mais poético que eu posso imaginar, podem ser comparadas as letras excêntricas da islandesa. A fotografia é belíssima, o figurino também.
Embora uma excelente cantora e um nomeadíssimo diretor tenham se juntado para fazer um drama, o filme virou um musical. Algumas cenas são bem forçadas, e juntos a fraquíssima atuação do filme, se tornam bem maçantes e amadoras. E como é feito por dois ícones da cultura alternativa, virou um filme supervalorizado, assim como Volver. Belo filme, mas não merece todo esse crédito.
NOTA: 7
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