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15 de abril de 2010

Anticristo (2009)

Um filme de Lars Von Trier com Charlotte Gainsbourg e Willem Dafoe.

Um filme peca demais quando fica fodido durante a maior parte. O prólogo teve apenas uma ótima fotografia, pois não são cenas de penetração que fizeram de Lars Von Trier um bom diretor. Os outros quatro capítulos são maçantes, confusos e todos com aquele ar de "mãe, quero ser cult". O epílogo foi o que salvou, se é que se podia salvar algo. Além da fotografia voltar a excelência do prólogo, conseguiu desconfundir um pouco a história surreal e desnecessária de Anticristo
Uma escritora (Charlotte Gainsbourg), sem nenhuma criatividade para sua tese sobre o feminismo, perde seu único filho e entra em um estado de choque e em luto profundo. Seu marido (Willem Dafoe), um psicanalista que tenta ser superior a tudo e a todos, resolve cuidar dela tentando fazê-la enfrentar seu maior medo para se esquecer de seu luto. Então ele a leva para uma cabana isolada da sociedade na floresta Éden, onde coisas começam a acontecer e revelar mistérios de muito tempo. 
Achei o filme um abacaxi. Se você viu Anticristo e acha que Lars Von Trier não merece ter crédito algum após produzir um filme que parece mais um pornô que um thriller, acalme-se e vá ver Dogville ou Dançando No Escuro, que salvam sua reputação de diretor. Não sei o que deu nele para produzir um filme assim. A história é aparenta ser bem bolada nos primeiros 10 minutos, mas depois cai vertiginosamente. Sobe um pouco no fim, mas esse pouco é bem pouco mesmo, tanto que continua no caminho negativo. Tudo é bem confuso no filme, isso ainda considerando que animais com filhotes no cu surgem do nada e que Charlotte Gainsbourg é uma pessoa mais do que bipolar. 
A fotografia é o que acende um fósforo na escuridão que esse filme entrou. Ficou nada menos do que excelente, uma das melhores fotografias que eu já vi. A atuação não chegou a me convencer, mas eu não quero falar muito dela pois vi o filme dublado (aí vai uma dica: não vejam). Então eu não consegui entender a expressão deles ou algum sentimento pelas vozes, ainda mais que Willem Dafoe tinha uma voz de drogado e Charlotte Gainsbourg não tinha emoção nenhuma. Mas, em tudo, a atuação dela foi a melhor, pelo menos durante o começo do filme. Durante o clímax, a atuação caiu. E não voltou a subir. Eu gostei bastante do fim, acho que porque estava acabando, ou porque eu gostei mesmo e achei algo digno de Von Trier. 
Espero que da próxima vez Lars Von Trier produza um filme que faça bastante sucesso sem precisar se submeter ao sexo para melhorar a mente, espero que Willem Dafoe faça algum outro filme e que tenha bastante sucesso e não seja dublado por alguém que parece o narrador do Oscar e que Charlotte Gainsbourg possa fazer um outro filme que lhe renda bastante sucesso. Ou fazer um CD tão bom quanto o seu novo IRM. Ou os dois. Mas que ninguém cometa o pecado de fazer algo como Anticristo de novo, que fez três almas brilhantes explodirem na frente de meus olhos. 
NOTA: 2

2 comentários:

Alan Raspante disse...

Até que enfim alguém que compartilha da mesma opinião que a minha !
UHASHAHSHAHSUAH
ótimo blog !

Gabriel Neves disse...

ahsuahsuhaushaus, valeu (: