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29 de outubro de 2010

Juntos Pelo Acaso (2010)

Um filme de Greg Berlanti com Katherine Heigl e Josh Duhamel.

As comédias românticas me decepcionam tanto porque não há inovação. Também nem imagino um jeito de serem inovadas, Noivo Neurótico, Noiva Nervosa é algo que não aparece todo dia. Na maioria das vezes é uma estória bem humorada sobre dois padeiros que fazem croissants de coração um pro outro ou então de uma mulher que conhece o homem da sua vida no banco de esperma. Bem, o primeiro ponto dessa comédia romântica é que tem um bebê, e os bebês roubam a atenção de toda a cena. A segunda é que os pares começam se odiando, o que é bem melhor que aqueles casais que começam uma paixão fogosa através de uma música do Marilyn Manson. E aí vem logo o terceiro ponto, as atuações são impecáveis. Embora os personagens sejam super estereotipados (a inovação não vem), Josh Duhamel e Katherine Heigl realmente me surpreenderam, já que eu espero um descaso desse tipo de filme.
Holly Berenson (Katherine Heigl) e Eric Messer (Josh Duhamel) se odeiam com força. Eles se conheceram através de amigos em comum que marcaram um encontro entre os dois que acabou 5 minutos após ele bater na porta dela. Desde então, os dois vivem mantendo o máximo de distância um do outro, o que fica difícil com o tempo já que os dois são padrinhos da bebê Sophie (Alexis e Brynn Clagett). Quando os pais da bebê morrem, um testamente feito revela que os dois deveriam cuidar da criança, e com o tempo eles veem que são as pessoas menos preparadas para cuidar de um bebê.
Embora os personagens não ajudem - já virou clichê colocarem uma criança numa comédia, e todos os pais são os mais despreparados do mundo, incrível - a atuação ainda se sobressai sobre a premissa. Katherine Heigl fez uma ótima mãe neurótica e recatada, a típica mulher virgem americana. E Josh Duhamel é simplesmente o sonho da América, um locutor de futebol americano que pega todas as mulheres, anda de moto e bebe cerveja andando nu pela casa, o que ele interpretou muito bem. Mas a incrível atuação fica com as gêmeas Clagett, que fizeram a ótima Sophie. Era um bebê tão incrível e inteligente que as vezes eu achava que era um robô. Uma trilha sonora agradável, acho que captou as melhores intenções do filme com várias canções da cultura pop.
O que há de pior no roteiro é o humor do filme. Claro, vemos todas àquelas piadas que os filmes com bebês tem direito, então há pessoas vomitando e com cocô na cara. Agora tem cenas até demais. O clichê de uma comédia romântica estraga com o humor e os personagens também. Os vizinhos que só cuidam da vida alheia e a assistente social intrometida e inconveniente são métodos bem tensos para criar humor. E a cena em que Josh Duhamel contrata um taxista para servir de babá é deprimente, eu pensei em sair da sala na hora. Não minto, há várias piadas no filme que realmente me fizeram rir sem serem forçadas, mas a maioria se perde na tentativa de criar graça. Além do mais, há todo o abuso da burocracia sem nexo que é promovido nas situações apresentadas.
Não julgo mais comédias românticas por inovação e sim pelo quanto eu ri e me emocionei. Foi um filme bonito sobre toda aquela lição de família. E me fez rir durante uns 20%, o que já é bastante se comparado a vários besteirois atuais e comédias que não valem nada. É uma diversão para o fim de semana, seja você que queira ver uma comédia sobre bebês com a família, seja você que quer ver o Josh Duhamel semi nu, seja você que quer rir um pouco e esquecer dos problemas, seja você que queira ouvir uma versão de Creep do Radiohead em canção de ninar.
NOTA: 6

2 comentários:

chuck large disse...

Mesmo sabendo que é mais do mesmo, verei domingo. me deseje sorte ;)

Alexandre Figueiredo disse...

Não tem nada de novo, mas até que é legalzinho.