25 de julho de 2010
V de Vingança (2005)
Um filme de James McTeigue com Hugo Weaving e Natalie Portman.
Um filme de ação, com um roteiro viajante, com um cenário que mais parece um quadrinho e com diálogos filosóficos sobre assuntos que passam despercebidos pelo cotidiano. Nisso, V de Vingança se parece como um Watchmen ou um Batman: O Cavaleiro das Trevas. O que faz ele se diferenciar é o fato de ter uma crítica forte dentro de toda essa história, e por mais anarquista que seja, consegue deixar bem claro do que o filme se trata quando você vê do começo ao fim.
Numa Inglaterra do futuro, um chanceler chamado Adam Sutler (John Hurt) cria um regime totalitário, onde são necessárias medidas drásticas para controlar a população. Até que um dia, Evey Hammond (Natalie Portman) sai de casa depois do toque de recolher e é abordada por policiais do Estado. Mas logo é resgatada por V (Hugo Weaving), um anarquista mascarado que procura uma forma de lutar contra o governo. Na mesma noite, ele leva Evey para uma cobertura para ver a explosão do Old Bailey, a grande Corte de Londres. Fazendo isso, o governo começa a procurar os culpados pela destruição de um dos maiores símbolos do país, mas o acidente desperta um novo sentimento na população.
V de Vingança faz tanto estardalhaço porque ele critica de uma forma subliminar e incentiva de uma forma direta. Embora estejam na Inglaterra do século XXI e não na Alemanha do século XX, vemos que o tempo todo o regime totalitarista é semelhante ao nazismo. Desde as cores da bandeira até as medidas feitas para controlar a situação. Também pode-se observar que as pessoas que foram afastadas da sociedade são inválidos, muçulmanos e homossexuais. O símbolo do filme, um V dentro de um círculo, é a representação do anarquismo. O filme em si é o resultado da Segunda Guerra Mundial se um terrorista com sede de explosões tivesse incentivado a população a se voltar contra Hitler.
Não preciso dizer que a atuação de Natalie Portman foi fantástica nesse filme, quase me fez chorar, pois tudo foi verdadeiro. Tentei me colocar na situação dela numa parte do filme, e acho que sentiria a mesma coisa. Fantástica a cena do corte de cabelo. Embora Hugo Weaving estivesse usando uma máscara durante toda a sessão e suas expressões não puderam ser vistas, fez um "herói" memorável, a interpretação e o gestual que ele usou no personagem foram bem trabalhados, isso sem contar nos diálogos excepcionais. Gosto desses filmes de ação no geral pois eles conseguem colocar um diálogo que gela a espinha no clímax, enquanto esse conseguiu durante o filme todo. Grande fotografia, e um belíssimo figurino. Agora que eu prestei atenção, vários filmes que eu tenho visto contém a belíssima Cat Power na trilha sonora, algo nela tem um atrativo imenso para a indústria do cinema.
Embora ele passe constantemente por cenas surreais e por efeitos muito bem feitos, o filme apresenta para nós algo capaz de ocorrer, algo que por mais revoltante que seja já ocorreu uma vez na história da humanidade. E pra isso, V de Vingança apenas instiga o modo de revolução mais rebelde, e consegue ser um sucesso estrondoso, através de uma ideia. História muitíssimo bem bolada.
NOTA: 8
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