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27 de julho de 2010

Teeth (2007)

Um filme de Mitchel Lichtenstein com Jess Weixler.

Teeth é o tipo de filme feito para entreter com uma história criativa e com uma tentativa de terror que mais gera risos, mas não é o filme feito para passar nas tardes de sua emissora favorita. É o perfeito filme trash irônico, sem nenhum atrativo técnico, apenas com suas piadas e sarcasmos ao todo, com situações tão surreais e nojentas que chegam a ser cômicas.
Dawn (Jess Weixler) é uma adolescente que promove um grupo de abstinência sexual. Ela usa aneis de castidade e espalha sobre o quanto o sexo é comprometedor, e apenas acabará com isso quando entrar num relacionamento que ela tanto espera. Quando um garoto se interessa por ela, ela acaba correspondendo e sua pureza entra em jogo, mas ele não sabe que Dawn tem sua próprias armas: a garota tem uma vagina dentada.
A história é engraçada, aos poucos. Algumas cenas merecem realmente ser vistas, quando a menina vai se consultar no ginecologista é hilário. E quando ela aprende a usar a vagina dela e a castrar os homens de propósito, adorei. Mas nada que faça sua vida mudar de uma hora para outra, nada que traga uma frase bem filosófica sobre o sentido da vida e tudo mais. Teeth é feito para quem gosta de rir vendo uma mutilação peniana, e ele usa tanto o seu recurso cômico que o resto do filme parece ser superficial se comparado a ele. As ações vão acontecendo sem nenhum sentido, os efeitos vão se perdendo aos poucos e os personagens se apresentam de um modo tão confuso que isso poderia até comprometer o filme, mas Lichtenstein é inteligente o bastante para apenas se focar em pênis arrancados.
A atuação é bem falsa, mas até gostei de Jess Weixler depois que ela teve uma relação sexual. Ficou com uma expressão perfeita entre o "me estupraram" e "minha vagina arrancou o pau do cara". E o riso dela no fim do filme já vale por ele. Além disso, a fotografia e a trilha sonora merecem uma ressalva, mas nada que gere alguma premiação.
Teeth é falso, mal elaborado e mal se pode observar algum sentido entre os acontecimentos do filme. Mas ele se salva por ser um trash, o que permite que ele mate quantas pessoas quiser com os recursos mais cômicos e trágicos que ele quiser, a história é feita para isso, não para ser indicado a algo.
NOTA: 5

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