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7 de junho de 2010

Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo (2010)

Um filme de Mike Newell com Jake Gyllenhaal e Alfred Molina.

Filme da Disney. Acho que depois disso posso encerrar a resenha. Embora a Disney tenha voltado às suas animações com moral, princesas e tudo mais, os filmes "de gente" dela só estão ganhando as telas. Mas se há alguma diferença entre o animado e o real? Nenhuma. Piratas do Caribe, Encantada, Alice, todos filmes feitos com atores, e atores bons para o uso em filmes para crianças. E Príncipe da Pérsia não fica fora disso. Com milhões de efeitos para encantar os fãs mais jovens, diálogos super mastigados, um mundo onde tudo dá certo, isso sem esquecer o beijo mais esperado do filme, que no fim se mostra um selinho.
Durante uma briga no mercado persa, o rei da Pérsia, Sharaman (Ronald Pickup) vê um garoto fazendo grandes acrobacias e lutando como um guerreiro, e desde então o rei o adota como seu filho. Esse garoto cresce e se torna Dastan (Gyllenhaal), um homem forte e corajoso. Até que um dia seus irmãos decidem atacar a cidade de Alamut em busca de armas. Dastan, contra isso, obedece os irmãos e força a entrada para a cidade, onde a princesa Tamina (Gemma Arterton) é capturada e forçada a casar com o futuro príncipe da Pérsia. Mas Dastan, em sua luta, descobre uma adaga que é capaz de voltar no tempo e vê que Alamut foi invadida por nada.
A atuação ficou medianíssima, se é que essa palavra possui um superlativo. Jake Gyllenhaal é muito mais capaz do que isso. Embora eu adore suas caras e bocas diversas, ele manteve a mesma cara de safado sortudo durante o filme inteiro, e quando a câmera avançava nele ele apenas abria um sorrisinho sarcástico, que poderia ser totalmente descartável. Gemma Arterton manteve a mesma pessoa durante o filme todo, nem depois que aquela super moral mal-feita aparece ela muda. Acho que das atuações só posso salvar Alfred Molina, que conseguiu, além de ser o melhor entre os grandes atores na superprodução, conseguiu trazer um pouco de comédia para o filme, embora fosse forçadíssima.
O roteiro, pelo que parece, seguiu com firmeza o jogo Príncipe da Pérsia, em que o filme foi baseado. Eu não tenho nenhuma opinião sobre esse jogo, pois só tive contato com ele através de um joguinho de celular onde os gráficos eram péssimos. Os efeitos se sobressaem em qualquer momento, alguns momentos eu me peguei assistindo um Matrix: Arábias do que um Príncipe da Pérsia. As lanças passando por um raspão, momentos em câmera lenta, só faltou uma tecnologia 3D para ele virar um clichê. Boa maquiagem, ótimo figurino. O filme fala o tempo inteiro em "belas palavras" ou "grande irmãozinho, sempre sabe a frase certa". Os diálogos do filme me fizeram chorar de desgosto, além de não gostar das frases feitas, não gosto que alguém na tela fique lembrando que as palavras são bonitas.
Embora o roteiro seja bastante original e eu não me lembre de qualquer outro filme assim desde Aladin, não me convenceu muito e bateu um grande arrependimento de ir ao cinema para ver isso. Um filme que até convence como ação e não peca pelo excesso de efeitos, mas chega a ser de longe um dos piores trabalhos de Gyllenhaal.
NOTA: 4

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