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8 de junho de 2010

Amor Sem Escalas (2009)

Um filme de Jason Reitman com George Clooney e Anna Kendrick.

Amor Sem Escalas é um filme clichê. Um filme bonito que tenta se esquivar dos clichês ao máximo e consegue sua missão com uma atmosfera de viagens e aviões. Mas bem no fundo Amor Sem Escalas é um filme que segue qualquer tradição clichê e tem uma lição bem clichê, embora disfarçada. A história pode ter o máximo de criatividade que puder, encobrindo tudo com as 10 milhões de milhas, mas eu ainda vejo algo no esqueleto dela que eu já vi em algum outro filme. Ou melhor dizendo, outros filme.
Ryan Bingham (George Clooney) é um homem pago para poder demitir funcionários de empresas e para isso ele viaja pelos Estados Unidos, despedindo quem não pode dar mais lucro. Graças ao emprego, ele começa a fazer de aviões a sua verdadeira casa. Até que, quando a empresa de expulsões vê que as viagens não dão tanto lucro, ela começa com um programa para se demitir através da internet. Na frente desse programa está Natalie (Anna Kendrick), uma mulher que acha que pode resolver todos os problemas da empresa com a tecnologia. Com a entrada desta jovem e uma outra mulher, Alex (Vera Farmiga), na vida de Ryan, ele começa a ver o que é mais importante para ele: ser um homem com emoções e com uma vida ou conseguir as tão esperadas 10.000.000 de milhas.
Gostei da atuação feminina neste filme. Vera Farmiga está impecável, consegui captar o que ela quis transmitir. Anna Kendrick me surpreendeu como revelação durante boa parte do filme, mas tudo acabou com a cena de choro dela, que embora o começo tenha sido até real, o clímax da choradeira acabou com qualquer momento. George Clooney foi só caras e bocas engraçadas e divertidas. Mas ele é um bom ator e provou isso em alguns momentos do filme.
O roteiro, baseado em um livro. Embora eu tenha apenas criticado o quão clichê foi, eu gostei de um aspecto no filme. Todos os filmes que eu vejo, algo que não era um paradigma acontece e deixa o clímax com muito suspense. Nesse filme a falta do costume foi tratada com tanta normalidade que me deu agonia. E eu gostei bastante disso. A trilha sonora foi boa, e eu adorei a fonte que foi usada no começo do filme, me lembrou algo bem vintage. O humor do filme foi tudo, menos clichê. Não sei porque classificam como comédia se o momento mais engraçado se resume a Clooney e Farmiga contando cartões. A maquiagem, o figurino e a fotografia foram bem normais. Em algumas partes raras a fotografia me chamou a atenção.
Vamos complementar a frase do início: Amor Sem Escalas é um filme clichê, mas um ótimo filme clichê. Apesar de tudo, o que eu mais enxerguei no filme foi um fim que conseguiu dar um desfecho esplêndido e não deixar várias perguntas no ar. Além disso, embora a maioria dos atores não demonstrasse expressões, fizeram isso no momento certo. E, mais do que isso, a lição que o filme passa é lindíssima e tristíssima ao mesmo tempo. E isso conta muito mais pra mim do que as inspirações usadas pro roteiro.
NOTA: 8

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