Um filme de Alejandro Amenábar com Javier Bardem e Lola Dueñas.
É um bom filme que deveria ser visto por qualquer pessoa que passasse desavisada pela prateleira da videolocadora, um filme que deveria ter tido uma atenção maior pois ele fala de um problema e tem uma boa "moral da história", ao contrário das comédias promovidas incansavelmente pela mídia. Eu mesmo só conheci esse filme através de um trabalho escolar e não por querer um filme sobre um assunto polêmico com um ator renomado.
Ramón Sampedro (Javier Bardem) é um homem que há 28 anos sofreu um acidente e ficou tetraplégico. Desde então ele vem lutando para poder fazer a última coisa que lhe resta: morrer, pois para ele, uma vida do modo que ele está não é uma vida. Ele contrata uma advogada com a síndrome de Catasil, Júlia (Belén Rueda) para o ajudá-lo na sua causa, que acaba comovendo várias pessoas. Entre essas pessoas aparece Rosa (Lola Dueñas), uma mulher que vira amiga de Ramón após conhecê-lo bem. Baseado em fatos reais.
A maquiagem do filme é fantástica. Eu não acreditei que Javier Bardem fez o Ramón jovem e o Ramón velho, só soube após ver a ficha técnica. A palidez que ele adquire em alguns momentos do filme chega a ser surpreendente. A atuação não é lá das melhores, mas conseguiram me convencer. Eu não sei porque mas eu nunca gostei muito da atuação de espanhóis. Mas quando um espanhol é bom, é bom mesmo. Vide Penélope Cruz e o próprio Ramón, Javier Bardem. A atuação dele e de Belén Rueda salvaram boa parte do filme, o resto me pareceu muito forçado, embora Lola Dueñas se mostrou competente nos últimos momentos, o que eu achei ótimo, pois eu não gosto do trabalho que ela faz.
A história não chega a ser a mais emocionante de todas as histórias sobre eutanásia, eu não me comovi em nenhuma parte do filme, principalmente porque não achei que o filme era de comoção, e sim de como a eutanásia é encarada judicialmente e sobre o direito a vida. Mas a história é algo bonito, a luta na justiça entre a vida e a morte, e ainda conseguiram colocar religião no meio, o que foi fantástico. Boa trilha sonora e diálogos.
Mar Adentro, embora não seja um filme tão comentado ou emocionante quanto O Escafandro E A Borboleta ou Menina De Ouro merece tantos créditos quanto estes, ainda mais porque me passou coisas importantes, coisas que o americano e o francês não conseguiram me mostrar de primeira. Não sei se porque minha professora comentava a cada 5 minutos sobre o filme, mas sozinho dá pra ser ver que a vida é um direito, não uma obrigação.
NOTA: 8
Nenhum comentário:
Postar um comentário