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2 de outubro de 2010

A Chave Mestra (2005)

Um filme de Ian Softley com Kate Hudson.

É um bom suspense, mas se você procura algum filme de terror que te deixe morrendo de medo por sustos e situações doentias, esse não é o filme certo. A Chave Mestra é um filme que fala mais sobre fé do que qualquer coisa, e pra mim isso que o difere de outros filmes de suspense que trabalham com o irreal, pois esse usa a religião e os rituais de magia como base. E o que filme traz de irreal, ele consegue explicar usando a fé, ao contrário de outros que criam situações de um horror macabro, mas sem a necessidade de explicar intenções ou o que acontece de mal.
Caroline Ellis (Kate Hudson) pretende fazer escola de enfermagem, mas não tem dinheiro suficiente para isso. Por isso, ela faz bicos como acompanhante de doentes terminais. Num desses trabalhos, ela descobre o anúncio de Violet Devereaux (Gena Rowlands), uma senhora cujo marido, Ben Devereaux (John Hurt), teve um derrame. Os dois moram numa região isolada de Nova Orleans onde a misticidade está em todo ar. Caroline, como cética, não acredita em nada do que lhe é imposto sobre as magias e os sobrenaturais. Quando ela chega na casa, Violet lhe dá uma chave mestra, que abre todas as portas da casa. Num dia, ela acha uma porta escondida no porão com artefatos da religião hudu e começa sua dúvida sobre o que é real e o que é irreal.
Não consigo gostar de Kate Hudson. Sua única expressão e sua ceticidade acabaram com sua atuação no filme, embora a voz fria que ela usava ficasse perfeita quando ela se dirigia à Gena Rowland, e no fim sua expressão de morta veio a calhar. Gena Rowland conseguiu ser melhor que ela em tudo. O filme teve uma fotografia bela. Toda a crença que o filme trouxe a tona é interessantíssima, o fato de tudo só ferir se você acreditar. Você só se assusta com um filme de horror se você acredita naquilo que se passa, por isso os trash são mais comédia do que qualquer outra coisa. O grande problema do roteiro é o fato de Kate Hudson ser uma cética e não acreditar em nada do que lhe falam, e então se submeter a um mundo de magia com apenas alguns objetos.
É um bom filme para se ver, realmente recomendo, ainda mais que não é tão longo e não vai ocupar tanto tempo. E ainda consegue se explicar com uma lógica sobre todos os fatos ocorridos durante a sessão. E um excepcional: o fim não é assim tão previsível e chega a ser bom. O problema é que vira um contraste entre a fé proposta durante o filme e o pânico que ocorre no fim. É um filme completinho e fechadinho, o que faltou foi a credibilidade, tanto na atuação de Kate Hudson quanto na situação proposta pela película. Mesmo assim, A Chave Mestra ainda consegue gerar discussões tanto filosóficas quanto religiosas se não for visto como um filme de terror.
NOTA: 6

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