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28 de setembro de 2010

O Último Exorcismo (2010)

Um filme de Daniel Stamm com Patrick Fabian e Ashley Evelyn Bell.

O marketing é um troço bastante traiçoeiro. Eu me lembro de quando ia estreiar Se Beber, Não Case por estas bandas. Eu via a propaganda desse filme em todo o lugar e quando eu vi, me decepcionei. Talvez pelas minhas expectativas altas ou pela falta do meu senso de humor, o que a propaganda promovia era o filme mais engraçado da minha vida e eu não dei risada alguma durante a sessão. O Último Exorcismo é ainda pior. Se Beber, Não Case é divertidinho, tem uma estória coerente e é a fórmula da diversão e das boas risadas, coisa que o mundo fez ao contrário de mim. O Último Exorcismo chega a ser um dos piores filmes que eu já vi na vida, com todas as suas fórmulas batidas e marketing excessivo.
Cotton Marcus (Patrick Fabian) é um padre que faz exorcismos. Mas quando ele vê uma criança morta graças a tentativa de exorcismo, ele decide provar como as técnicas exorcistas são falsas através de um documentário. Para isso, ele e sua equipe vão até a casa de Louis Sweetzer (Louis Herthum) para "exorcizarem" Nell Sweetzer (Ashley Evelyn Bell), sua filha. Eles, então, realizam uma sessão falsa de exorcismo e após verem Nell normal, acham que está tudo bem e que os demônios não passavam de fanatismos religiosos. Mas após alguns incidentes, o ceticismo deles é posto em jogo para mostrar o mal dentro de Nell.
O que eu vi no filme foi uma reciclagem de ideias que deram certo, e essa reciclagem deu muito errado, acho que por uma falta de originalidade e por algumas falhas durante a sessão. Tem toda aquela trama d'O Exorcista no ar, com uma ideia à Bruxa de Blair, com a essência de O Bebê De Rosemary e um suspense que já foi vivenciado em Atividade Paranormal. E aí vai o que deu errado: o ceticismo foi uma faca de dois gumes. Por um lado, estragou o fim do filme. De outro, conseguiu criar certa dúvida entre a possessão da menina até o desfecho. Ah, outra coisa: se você finge que vai fazer um documentário, músicas não surgem do nada. Nem quando está no clímax do clímax. Respirações ofegantes já fazem seu trabalho aí.
A atuação é bem mediana. Comecei gostando de Patrick Fabian no início, mas todo aquele ceticismo babaca criou certa descrença nele. E sua última cena foi péssima. No momento que era para e ter medo, eu ri. Ashley Evelyn Bell me pareceu mais uma criança especial do que uma menina normal e virgem. Mas gostei de suas cenas possuídas porque ela conseguiu fazer um suspense sem precisar de efeitos, apenas com contorcionismo e cuspe, já que aquilo que eu vi não pode ser considerado vômito. Raramente vejo fotografias boas em falsos documentários, em que a câmera treme mais que os assustados.
O Último Exorcismo não se parece nada com um falso documentário já que eles criavam cenas tão falsas e erros tão feios que só conseguiam um afastamento cada vez maior da plateia. Acho que só se parece com o amadorismo. Porém, a ideia é boa: quando um filme que não tenha mortes explícitas e nem efeitos exagerados me assustar, como ocorreu nessa película, pra este eu dou uma nota ótima. Já vou avisando, a cena que mais me assustou foi o pôster do cinema. Cheio de marketing, efeitos e ainda é gratuito.
NOTA: 2

Um comentário:

Rafaela disse...

Que bom que citou a sua falta de senso de humor no texto diante do '' se beber, não case '' . se não fosse o zé eu iria rir SOZINHA naquele cinema naquele dia ¬¬ - rafa