Pages

11 de julho de 2010

O Pianista (2002)

Um filme de Roman Polanski com Adrien Brody e Thomas Kretschmann.

Um imenso, cruel, frio e verídico relato sobre a Alemanha nazista. E um clássico que merece estar nas listas de recomendações de qualquer locadora, aula de história ou filmes da década. Comparações não são muito boas, mas se necessário, preciso dizer que O Pianista é uma versão igual à Lista de Schindler, se formos comparar o retrato nazista que eles passam na época do auge da Segunda Guerra Mundial.
O Pianista conta a história verídica de Wladyslaw Szpilman (Adrien Brody), um judeu que mantém sua família tocando piano. Porém, no dia em que a rádio polonesa foi destruída, ele começa a viver as dificuldade de ser um judeu no meio da Alemanha, de sofrer todo o preconceito e de não poder ter muito dinheiro graças à várias restrições. Ele acompanha e nos mostra com a sua visão o início da Segunda Guerra Mundial, a matança que ocorria nas mãos da Gestapo, a separação dos cristãos dos judeus em guetos, a ridicularização, até tudo seguir para o seu tão esperado fim.
A história não é linda. Muitos podem ter se emocionado com ela e com as lutas que Wladyslaw batalhou pela sua sobrevivência, e isso é realmente bonito, mas a história não é só isso. É uma atitude histórica que afetou e matou milhões, e embora nenhum dos meus antepassados tenha participado dessa chacina eu me envergonhei profundamente de ver a raça humana fazendo toda essa merda com eles mesmos. A filosofia ariana me enoja. E O Pianista cospe isso na cara, para que me enoje mais ainda. Ótimo.
A atuação de Adrien Brody está boa, ele sempre representa a felicidade em pessoa, apesar de estar em situações desumanas e morrendo de fome, ele continua com o aspecto otimista. Só vi ele mudando daquilo depois de tentar socorrer o garoto morto entre o muro do gueto. A fotografia é belíssima, o modo como ela mostrou o caos da guerra foi ótimo. E péssimo, ao mesmo tempo. O figurino e a trilha sonora, assim como a fotografia, fundamentais para o desenvolvimento do filme, e muito bem trabalhados.
Embora a maior nota que eu dê aqui seja aquelas esperadas 5 estrelas, esse filme merecia um 10. 5 estrelas por retratar o pior dos homens de um modo tão real que me emocionou e mais 5 por ter trabalhado com isso a história de um judeu felizardo, e ter conseguido virar uma referência.
NOTA: 10

Nenhum comentário: