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18 de julho de 2010

Corra, Lola, Corra (1998)

Um filme de Tom Tykwer com Franka Potente e Moritz Bleibtreu.

Entre tantas superproduções norte americanas, comédias brasileiras ou animações que passam hoje em dia nas salas de cinema, dois filmes (ou três, se tiver sorte) são filmes que não tem muito sucesso, de países europeus ou asiáticos e que na maioria das vezes são aclamados pelo universo alternativo. Eu não tenho muito contato com filmes da Dinamarca, Suécia, Japão, ou algum outro país que você possa imaginar que não esteja na rota de Estados Unidos - Inglaterra - Brasil. Mas a produção alemã, Corra, Lola, Corra consegue deixar a maioria desses filmes que estão passando no cinema no chinelo.
Lola (Franka Potente) é uma filha de bancário que tem que resolver um problema após receber a ligação de seu namorado Manni (Moritz Bleibtreu): Ele, que tinha que levar 100.000 marcos para um grupo de gângsters, perde a sacola com todo o dinheiro no metrô, o deixando entre a vida e a morte. Ele então, resolve roubar uma grande loja no centro da Alemanha para resgatar o dinheiro. Lola pede para ele não fazer isso e diz que consegue arranjar o dinheiro em 20 minutos. A partir daí ela começa uma correria para conseguir o dinheiro para o namorado e impedir que ele roube ou que o matem.
A história é incrível. Toda hora que a história de correria de Lola começa, as coisas sempre mudam, e a expectativa para ver o que se altera dessa vez é imensa. Por um esbarrão ela consegue evitar a morte de seu namorado, e por uma conversa ela consegue evitar a sua morte. É também bom ver que, independente do quanto Lola corre, a história das pessoas ao seu redor também muda.
Também gostei muito da atuação. Franka Potente, além de ser bem bonita de seu modo, é uma ótima atriz, o olhar que ela fazia quando estava com raiva expressava realmente tudo. Moritz Bleibtreu fica atrás, mas por pouco. A fotografia do filme é ótima, e a trilha sonora também. Pelo que vi nos créditos, Franka Potente cantou algumas canções durante o filme, incrível.
A indústria cinematográfica, seja uma produção Bollywoodiana ou mexicana, sempre nos surpreende de alguma forma. E o trunfo da alemã foi produzir esse grande filme que me deixa com vontade de conferir as outras pérolas que os alemãos podem nos trazer. E mostrar que uma Potente e um Bleibtreu brilham mais do que Carreys, Foxes e Cruises hoje em dia. E por mais que insistam em comparar com Efeito Borboleta, Corra, Lola, Corra merece ser assistido por seu brilho próprio, e não por uma outra produção com uma história parecida.
NOTA: 8

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