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20 de novembro de 2010

Direito de Amar (2010)

Um filme de Tom Ford com Colin Firth e Julianne Moore.

É uma história de amor na década de 60. O único ponto que consegue causar um conflito na história é que é uma história de amor homossexual, de uma relação duradoura de 16 anos. Não é verificado um preconceito acentuado como, por exemplo, em outro filme que Moore participa, Longe do Paraíso. E o filme não explora muito essa relação. Há filmes bem melhores que abordam a temática gay, mas Direito de Amar não foi feito para dar uma lição sobre homofobia, foi feito para colocar uma história de amor nas telas. Uma história de amor após sua morte, uma história de amor no luto, uma história de amor no suicídio. E o estreiante diretor Tom Ford consegue criar essa sua história de amor, bem trabalhada, de uma maneira bem simples.
George (Colin Firth) é professor de uma universidade. Ele tinha uma vida maravilhosa com seu companheiro de 16 anos, Jim (Matthew Goode), até o dia em que ele recebe a notícia de um acidente de carro, onde seu amor falece. Após 8 meses, ainda de luto, ele percebe que não consegue mais pensar no futuro ou no passado, então decide se matar. Mas no último dia de sua vida, até a hora de sua morte, ele terá ainda muitas surpresas provindas das pessoas mais improváveis, como seu aluno Kenny (Nicholas Hoult) que insiste em persegui-lo no dia; e de uma grande amiga sua, Charley (Julianne Moore).
Admito que, ao passar na locadora e ver a capa branca com o nome Julianne Moore brilhando, peguei o filme sem ao menos saber do que se tratava. Só queria ver mais uma vez Julianne Moore. Bem, ela está ótima no filme, então meu objetivo valeu a pena. Se aparecesse mais, iria roubar a cena com certeza. Em apenas uma cena consegue me fazer prender a respiração. Mas a minha maior surpresa foi Colin Firth, uma ator de quem eu vi poucos filmes, que teve uma interpretação intensa. Foi indicado ao Oscar de melhor ator merecidamente, não via algo desse calibre em filmes de romance há tempos. Outros fatores que merecem uma atenção mais que especial é a fotografia e o figurino, ambos impecáveis. A vivacidade conferida no filme ao mostrar a beleza e as surpresas do dia decisivo de um suicida é ótima, a mudança constante de cores promove algo inquietante na obra. Como já disse, todo o roteiro fica por conta de uma história simples de amor que não acaba mesmo após o luto, que mesmo após a morte do amor ainda há um direito de viver e um direito de amar, amor esse conferido por outro ator do longa, Nicholas Hoult, que está compatível com o filme.
Uma história simples. Retrata o amor na morte de uma forma bem bonita. Não é de agradar a todos os públicos, mas chega a ser simpática a forma mostrada. O fim é bonito e tem os diálogos - quase monólogos de Colin Firth - como ponto alto. Embora o título traduzido até assuste, é um filme recomendado. Atuações dignas, fotografia impecável, figurino memorável com uma história morna. E repito, Colin Firth está invejável.
NOTA: 8

2 comentários:

Cristiano Contreiras disse...

Como assim 'história morna'? eu acho esse filme, além de intenso e belo, um pequeno estudo sobre alma humana - intimista, sensivel.

Abraço

Sebo disse...

Filme MAGNÍFICO!
Tenho que dizer, é um dos meus favoritos em disparado. Moore, esteve em ótima perfórmance!

[]'s,
sebosaukerl.blogspot.com