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15 de agosto de 2010

Os Homens Que Não Amavam As Mulheres (2009)

Um filme de Niels Arden Oplev com Michael Nyqvist e Noomi Rapace.

Há quatro meses eu poderia ter tido a oportunidade de ver esse filme na menor sala de cinema da minha cidade. Mas, no auge de minha babaquice, eu preferi ler o livro primeiro. E aí vai um aviso prévio. O livro sempre é melhor que o filme. Então sempre é bom ver primeiro sem nenhuma expectativa para depois comparar com a leitura, pois quando o contrário acontece as pessoas ficam revoltadas pelo filme não ter seguido corretamente com os fatos do livro e se desapontam tanto com a sua expectativa que não reconhecem o verdadeiro valor do filme. Aconteceu comigo.
Mikael Blomkvist (Michael Nyqvist) é um jornalista da revista Millennium que acaba de ser condenado por falsa acusação contra um poderoso empresário. Enquanto ele não cumpre a pena, suas habilidades são reconhecidas por Henrik Vanger (Sevn-Bertil Taube), o dono das empresas Vanger, para que ele possa encontrar sua sobrinha Harriet (Ewa Frölling), que desapareceu há 40 anos. Se vendo numa tarefa extremamente difícil, Mikael decide contratar Lisbeth Salander (Noomi Rapace), uma hacker violenta, antissocial e punk, porém uma das melhores investigadoras da Suécia.
Grande atuação, ao menos isso eu consegui reconhecer. Não há como não se apaixonar pela personagem de Noomi Rapace, Lisbeth Salander é a melhor caricatura de rebeldes já feita e Rapace a interpretou com maestria. Michael Nyqvist foi muito bom também, quem diria o que encontramos na Suécia hoje em dia. Os outros atores tiveram uma média geral boa, embora alguns fossem tão falsos que pareciam bonecos de plástico se movendo. Excelente fotografia.
A história me decepcionou apenas pela minha leitura prévia. Me irritei do tamanho de coisas do segundo livro que foram colocadas nesse filme. Tirando isso, foi brilhante. No começo seguiu parecido com o livro. As atitudes de Lisbeth já são uma ótima desculpa para se ver Os Homens Que Não Amavam As Mulheres. Quando ela tatua na barriga do tutor "Eu sou um canalha sádico, um porco estuprador", eu quase me levantei e aplaudi. Mas tive a ligeira impressão de que algumas partes poderiam ser melhor exploradas, enquanto outras não precisavam do imenso foco que tiveram. Mas acho que Stieg Larsson ficaria satisfeito.
Grande filme, não se pode dizer o contrário. O excesso de violência de Lisbeth Salander com a calma e os olhares de surpresa que Mikael Blomkvist tinham foram uma perfeita combinação. Nunca tinha visto um filme sueco antes, mas acho que esse barra com toda certeza qualquer remake americano que venha a ter, e não preciso apostar que Michael Nyqvist e Noomi Rapace foram bem melhores do que qualquer tentativa de Daniel Craig e Kristen Stewart.
NOTA: 8

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