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28 de agosto de 2010

2001: Uma Odisséia no Espaço (1968)

Um filme de Stanley Kubrick com Keir Dullea e Gary Lockwood.

Não é um filme para se ter certeza, sim pra se ter dúvida. 2001: Uma Odisséia no Espaço é um clássico, sem sombra de dúvida, e um clássico anos a frente do seu tempo. Um clássico que foi parodiado nesses últimos 42 anos, um clássico que teve uma trilha sonora marcante, um clássico que teve metade de seu filme no completo silêncio, um clássico sem falas, um clássico sobre uma excursão espacial que segue corretamente todas as leis da física, um clássico que tem explicações lógicas para tudo que acontece, um clássico que contem várias mensagens que eu pude identificar e várias outras que eu não identifiquei de primeira vez e talvez muitas outras que eu nunca irei identificar. Agora quem poderá me explicar porque esse filme, tão entediante com suas cores e poucos diálogos, que me fez divagar durante momentos de pura fotografia, é um clássico?
4 milhões de anos após um monolito negro aparecer misteriosamente na Lua uma equipe de astronautas experientes é enviada para Júpiter, de onde o monolito aparentemente surgiu. A equipe é composta dos experientes Dave Bowman (Keir Dullea) e Frank Poole (Gary Lockwood), além de mais 3 pesquisadores, que se encontram em estado de hibernação, e do computador HAL 9000, que controla toda a espaçonave. Porém, no meio da viagem, HAL assume o controle e vai matando os tripulantes.
Que 2001: Uma Odisséia no Espaço é bem entediante em certas partes, não vou negar isso. Mas foi uma boa estratégia de Kubrick para conseguir mais explicações e mostrar suas visões sobre o universo que ele criou para o filme. Além do mais, o filme é um daqueles com várias interpretações sobre um único assunto. Tenho certeza que existem pessoas que entendem o filme do início ao fim, mas quem somos nós para julgar certas interpretações? De monolitos à ondas coloridas, tudo exala dúvida nessa película, dúvida que se agrava nos últimos momentos.
Atuação, fotografia, trilha sonora, Kubrick conseguiu fazê-los mover em torno da história. A atuação sem sal e sem emoções de Keir Dullea e Gary Lockwood, ao meu ver, foi um reflexo da sociedade em que eles viviam, uma sociedade em que um computador faz tudo. A fotografia e a trilha sonora exalaram perfeição. Que adorei o filme, adorei, ainda mais por não ter aqueles sons constantes no vácuo que eu observo em Star Wars.
Essa pérola supera qualquer filme desse gênero atualmente por ser verdadeiro, e espero que vocês me entendam quando eu digo verdadeiro. E, sinceramente, não vejo mais porque atribuir o título clássico em cima dele a não ser pelo simples motivo de que Stanley Kubrick é um visionário e com um filme que chega a ser maçante em algumas partes, que não tem atrativos para efeitos especiais e que não é compreendido por todos, conseguir todo o sucesso que 2001: Uma Odisséia no Espaço conseguiu ao longo desse anos.
NOTA: 8

3 comentários:

Alan Raspante disse...

Gabriel, eu assisti este filme com um grande amigo meu, que me explicou absolutamente tudo no filme, caso contrário eu não entenderia grande coisa, hahaha.
Mas o filme é um verdadeiro show de imagens e trilha sonora. Um grande clássico e uma obra de Kubric (mesmo eu preferindo LARANJA MECÂNICA, rs)!

Abs.

Cristiano Contreiras disse...

É um filme futurista muito mais introspectivo que tudo que já vi, tão simbólico e realista, reina em absoluta perfeição!

Belo texto o teu, belo blog, te sigo e linkei ao meu!

Cristiano Contreiras disse...

Gabriel, você tem email ou msn? Gostaria de entrar em contato.