Um filme de John Badham com Richard Dreyfuss e Emilio Estevez.
CLICHÊ, cli.chê, s. m. 1. Chapa metálica onde está reproduzida em relevo uma imagem destinada à impressão; 2. Chapa fotográfica negativa; 3. Frase ou expressão muito repetida, lugar-comum; 4. Colocar definições de dicionário para criticar, parece uma generalização; 5. Filme do modelo da Sessão da Tarde: atores bonitinhos sem qualquer atuação marcante, com uma história previsível do início ao fim, fim esse que acaba da maneira mais esdrúxula imaginável, além de várias tentativas brochantes de uma comédia escrachada e erros bem perceptíveis ao longo da sessão.
Christopher Leece (Richard Dreyfuss) é um detetive que é convocado junto com seu parceiro Bill Reimers (Emilio Estevez) a procurar uma ex-presidiário que acaba de fugir da cadeia com auxílio do seu primo. Como o FBI acha que a primeira pessoa que o fugitivo vai procurar é a namorada, Maria McGuire (Madeleine Stowe), os detetives são convocados a fazer uma tocaia na casa dela para registrar qualquer coisa suspeita. O problema é que o detetive Leece, acabando de sair de uma separação, se apaixona pela suspeita.
A atuação não é ruim, mas chega muito longe de ser boa. É completamente mediana, nada de emoções ao máximo ou algo assim. A chance de Madeleine Stowe de se mostrar uma boa atriz foi por água abaixo na cena em que ela deveria parecer chocada, e ao invés disso deu um sorrisinho. A dos outros dois atores principais não me surpreendeu em nenhum momento. Quando eu falei que era um filme Sessão da Tarde, eu não estava brincando. É fácil descobrir a trama principal: mocinho se apaixona por mocinha mas para impressioná-la ele mente, mocinho e mocinha vivem momentos "super engraçados" juntos, mocinho conta a verdade para mocinha que fica chocada e acaba tudo, mocinha entra em perigo, mocinho a salva e os dois ficam juntos para sempre. Óbvio a partir dos primeiros 10 minutos de filme. O filme é de 3 décadas atrás, certo, mas ainda assim consigo classificá-lo clichê.
A fotografia não é especial em nada, a maquiagem não me surpreendeu em nada e o figurino não tem nada de mais para me oferecer. A trilha sonora chega até a ser boa, mas graças à tentativa cômica do filme ela se perde completamente.
Eu posso usar demais essa palavra e ela pode até não se encaixar em alguns momentos de ira, mas aqui eu tenho certeza que ela se encaixa perfeitamente. Se eu pudesse resumir Tocaia em apenas uma palavra, não tenho dúvidas de qual eu usaria, a palavra que esse filme respirou, falou e me mostrou do começo ao trágico fim: CLI-CHÊ.
NOTA: 5
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